Vocês também têm um daqueles alambiques por dentro?
Aqueles que filtram tristeza em raiva?
Vocês também têm um daqueles alambiques por dentro?
Aqueles que filtram tristeza em raiva?
somos cínicos porque somos velhos
os jovens sempre acham que sabem de tudo
e não estão errados sequer sobre isto
nós esquecemos os fundamentos mais simples
nós desbotamos as cores mais fortes
nós pagamos fé com descrença
somos cínicos porque somos velhos
porque somos caducos
com um coração manquitola
e audácias grisalhas
nós desaprendemos o amor
nós temos alzheimer na alma.
escrevendo besteira, só pra exercitar…
sim, é ponto pacífico que eu sou uma criaturinha cabeluda e confusa, mas existem coisas entre o céu e a terra (né, horácio?) que , se freud não explica, imagina eu então.
gente que tatua o proprio nome – pra que isso? é medo de esquecer o próprio nome? Fobia de alzheimer súbito? nesse caso, não é melhor tatuar o telefone e o endereço também, assim, só por precaução?
gente que dá indiretas públicas – ah, você já viu essa pessoa em alguma rede social da vida (ok, não existem redes sociais da morte – mesmo com todo o esforço daquela gente que fica deixando scraps para os falecidos… “vô, não sei se você está lendo…mas se estiver…me passa os números da megasena?”) sim, sei que não sou a primeira a reclamar disso. Você está lá tranquilamente pensando com seus bits e bytes quando pipoca alguma janelinha de msn com um comentário muitíssimo bem endereçado – do tipo ‘tem gente que se acha”- mas peralá, isso aparece pra lista inteira. Isso não é destilar um veneninho, é uma bomba de napalm, weapons of mass destruction. Assunto pessoal é pessoal, pô. Até a galera que faz spam de enlarge your peanuts (blog de familia) tem a dignidade de não usar mídia de massa pra tratar desses assuntos assim mais…inconvenientes. ok?
vegetarianismo – tá bom, eu entendo um pouquinho. Tem aquilo tudo de não querer maus tratos aos animais. mas pô. Animal não pode, mas planta pode? Puta preconceito com as plantinhas.
Bom dia – isso é coisa de gente louca, eu sei. Por gente louca me refiro a mim, é claro. Explico: o bom dia (ou oi ou olá ou e aí FDP e demais variantes) é um estabelecedor do contato humano: “Vi que você está aí, você viu que eu estou aqui?” Pois bem. Se você olhou pra pessoa e a pessoa olhou pra você, tadá, problema resolvido! …não?
vestido com calça embaixo – vou explicar com calma porque é meio complicado. existem essas coisas chamadas roupas para cobrir as partes, assim, mais anatômicas do corpo humano. Provavelmente porque senão ninguém ia conseguir se concentrar no trabalho direito (. Ah e porque talvez caíssem pentelhos no café. Sim, as roupas foram uma boa ideia. Mas veja bem. A menos que você seja a Geisy da Uniban, o vestido cumpre suas funções perfeitamente. Sozinho. Não subestime o coitado.
Filmes/livros/seriados/etc. que terminam com a pessoa acordando de um sonho – Já foi feito, ok, senhores roteiristas? Se você for o Lewis Caroll, tá perdoado, mas o restante de vocês devia se envergonhar. Não é só por ser um final batido. É frustrante. A gente tá no cinema (livro/tv, vocês me entendenderam), a gente sabe que é ficção, a gente faz todo um exercício de imaginação para achar crível cada absurdo que você criou. Daí você bota neguinho pra acordar? Jogou tudo fora! Pior que isso, só se acordar com uma asinha de fada na mão…
você acha que é gentileza,
mas é só creme para as mãos.
essa ilustra é daqui: http://www.abeautifulrevolution.com/blog/
Vixe-maria-nossa-senhora
tem coisa que se estragar,
melhora.
***
e eu me encontro em tal estado
que se me dizem eu te amo
eu corro proutro lado
***
pedras não passam de grãos de areia
com um péssimo senso de proporção.
***
– Sinto muito, aqui o traje obrigatório é black-tie.
mandei pentear macacos.
gente esfarrapada não dá a mínima pra etiqueta.
***
suicídio homeopático
O que não mata, engorda.
E, infelizmente, eu estou de regime.