Eu quero ser o sonho de alguém.
Eu quero ser um animal
formidável e elástico.
Eu quero ser teu brinquedo recém tirado do plástico.
ah, o caramelinhos voltou! agora com novos ingredientes!
Eu quero ser o sonho de alguém.
Eu quero ser um animal
formidável e elástico.
Eu quero ser teu brinquedo recém tirado do plástico.
ah, o caramelinhos voltou! agora com novos ingredientes!
Alguns de nós se crêem devoradores de livros, mas são os livros que nos devoram. Diz-se o contrário, mas é o que acontece. Fica na sua cabeça, entra pelos olhos e fica ali te comendo por dentro. Quando você vê, te acontecem os absurdos, as fantasias se avalanchando na sua existência bem existente, que antes vivia emoldurada por quatro paredes feitas de chão. Quando você vê, deixou crescer bigode e maneirismos. Quando você vê, já está com os olhos viciados de ver enredos, se legendando nos rodapés. Enredado no próprio enredo, entremeado na própria trama, é impossível desviar das próximas páginas, o inevitável encontro contra a capa. E aí, meu amigo, era uma vez.
lagartixa
quando a pessoa da frente já aperta o botão da maquininha de ficha da orca
sol amarelo que não esquenta
chocolate
mirellas
meia colorida
estrear roupa (a primeira vez que você usa uma roupa é muito importante, ela fica marcada pra sempre com o que acontecer)
random acts of kindness
amigos durante a semana
quando lembram pouquices e pequenezas a meu respeito
ler a sorte na lateral dos caminhões
deitar na bêbada na grama molhada
sonhos estranhos
cheiro de biscoito
musica andando (o cara que inventou o walkman, esse sabia o que fazia)
escreversemdarespaço
boas notícias empacotadas todas juntas
quando é bom só porque
livro bom
coragem, estômago, audácia, guts, guts, guts
neurosezinhas
catarsezinhas
expectativa (nomis vulgaris: friozinho na barriga)
cachurrinhos (coraçãozinho do msn aqui)
churros
o vô
hey, babe, take a walk on the wild side tchu tchuru tchu thcuru tchu tchu ru
Célia
Que seja, eu quero meu período de luto.
Morte é pra ser chorada,
Diga isso às viúvas respeitáveis
E estóicas à beira dos mortos.
Eu quero o meu guarda-roupas preto
(as revistas de moda não descobriram; não é o preto que emagrece,
É a dor)
Que seja, morte é morte
E não tem volta
A alma não se realoja depois que se solta
Então que seja
Eu vou te chorar
Enquanto preciso for
Muito prazer,
tua carpideira
Ao teu dispor.
Teresa
Coração é feito regra.
Funciona melhor se for quebrado de vez em quando.
Brigite
Não me pense amarga, não sou.
Eu chupo balas, pirulitos, estalo m&ms entre os dentes.
Eu sorrio
E quando estou feliz fico lustrosa feito balão
Mas tenha paciência,
pessoas não podem ser adoçadas artificialmente.
Corina
Querominhamãe.
Maira
O horror, o horror, o horror.
(Chamando 3 vezes, de repente ele aparece.)
Catarina
Se ela não era travesti, devia era prestar vestibular pra homem.
Ingrid
Sou feia, não me ressinto. Estou acostumada a não atrair olhares quando entro no recinto. Sou feia, eu sei, e está bem. Odiaria me perguntar se gostam do meu corpo ou se de mim. Não é preciso se preocupar demais com as maquiagens ou com os méritos. E ademais, as pessoas pensam que você é inteligente, automaticamente, é incrível. Você sabe o que se diz dos cegos, os outros sentidos se desenvolvem para substituir a visão. Com os feios é igual. As pessoas não conseguem olhar pra você e substituem a visão com a crença de você é inteligente, “bonito por dentro” (mais vermelhinho que o normal?jamais entendi), talentoso ou que sabe assobiar. Já reparou? Gente feia assobia que é uma beleza.
Rita
Mas é que eu.
Peralá.
Isso daí já é um pouco bonitinho demais para eu sair dizendo por aí.
Glória
Me encontre pelas esquinas, estarei esperando em um ponto qualquer.
Me disseram que os cavalheiros devem andar sempre pelo lado de fora, livra as damas da lama que fazem respingar as carruagens.
Fico parada esperando quem acompanhe.
Mesmo sozinha qualquer um pode ver.
Eu só caminho pelo lado de dentro.
Mari
Mas pode me chamar de mariquinha.